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Dez 20

O presidente da Associação Catarinense de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, avalia que 2019 foi bom para o suinocultor, que saiu de uma situação de prejuízo no começo do ano para um momento de maior lucratividade. Apesar da bonança, ele recomenda cautela para o produtor, que deve colocar a propriedade em ordem, quitando dívidas, e não se empolgar aumentando o plantel.

Segundo ele, o suinocultor começou 2019 no prejuízo, com custo de produção em R$ 3,86 por quilo, o produtor independente recebendo R$3,70, e na integração, R$ 2,93. “À medida que o ano foi avançando, tivemos a partir de abril uma inversão desses valores, com o produtor independente começando a ter uma margem de lucro dentro da propriedade, mas que ainda era pouco perto do que é preciso para produzir”.

Fazendo uma avaliação de janeiro a novembro, de Lorenzi relata que o custo de produção passou a ser de R$ 3,85, o preço pago ao produtor independente de R$ 4,35/kg, em média, e para o integrado, R$ 3,49/kg. “Esses valores são bons se eles mantiverem, mas há sempre a dificuldade de mercado, no qual os custos de produção têm aumentado muito, o farelo de soja batendo R$ 1.350 por tonelada, e a saca de milho um pouco acima dos R$ 50.

Segundo ele, estes valores para os insumos mostram uma tendência de mercado, devido às previsões de safra que não estão dentro do esperado, e a previsão dele é que esta situação deva se manter em 2020, tendo em vista também o dólar se mantendo acima dos R$ 4. “Tem também a questão da abertura da rota do milho, que ainda não aconteceu, e agora com a mudança do governo argentino, está mais difícil. Seria bom para termos milho mais em conta, principalmente na região oeste do estado, devido à menor distancia para trazer o milho do Paraguai pela Argentina.

O presidente da ACCS acredita em um mercado promissor para a exportação de suínos em 2020, o que fará com que a rentabilidade continue boa, não só para a lucratividade no momento, mas para que o suinocultor consiga quitar dívidas renegociadas. “Que o produtor tenha os pés no chão quando se fala em crescimento da produção, levando em conta o que aconteceu em 2012, quando nós tínhamos dependência do mercado russo,  e agora temos a mesma situação no mercado da China, e assim que ela se recuperar, se aumentarmos muito o plantel, teremos dificuldade de conseguir escoar esses produtos. E os custos de produção devem se manter, por isso é importante o produtor avaliar, fazer negociações em mercado futuro de grãos para poder manter a lucratividade”, finaliza.

Fonte: Notícias Agrícolas e ACCS

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