Um dos líderes globais no agronegócio, o Brasil quer avançar no mercado mundial também com o leite. Para isso, o Ministério da Agricultura aprovou normas mais rígidas de qualidade e controles, as Instruções Normativas (INs) 76 e 77, que devem entrar em vigor dia 30 deste mês, daqui a 16 dias. Mas as entidades do setor dizem que os produtores necessitam de uma fase de adaptação de mais dois anos, o que precisa ser aprovado pelo Ministério. Se não ocorrer essa postergação, no próximo dia 30 mais da metade do leite brasileiro estará ilegal, impróprio para ser industrializado, alerta o coordenador da Aliança Láctea da Região Sul, Airton Spies, que também é ex-secretário de Agricultura de Santa Catarina.
Preço do leite pode subir caso mudança nas normas passem a valer neste mês
A pressão está grande para que o Ministério faça a postergação ainda antes da volta da ministra da Agricultura, Teresa Cristina, que está em viagem à Ásia. Em SC, 54% do leite estaria ilegal na contagem de CPP. No Brasil os testes indicam mais de 80% com problema.
Santa Catarina é o 4º maios produtor de leite do Brasil (USAR H2)
O presidente da Federação da Agricultura de SC (Faesc), José Zeferino Pedrozo, é uma das lideranças que defendem a postergação da implantação de todas as normas das IN 75 e IN 77, do governo federal.
Segundo ele, deve haver maior empenho das indústrias e do setor público para treinar os produtores. Atualmente, o Senar lidera a oferta de cursos e a Epagri também participa, mas não é suficiente.
O Estado é o quarto maior produtor nacional de leite com cerca de 3 bilhões de litros/ano em 80 mil propriedade, 60 mil com atuação comercial.
Fonte: Site NSC Total