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Imagem de rony michaud por Pixabay

Nov 10

Sócio-fundador da Sanex, Marcelo Huber, chama atenção para este assunto. Segundo ele, o tema é conhecido, mas ainda é tratado com pouca atenção na produção animal e precisa ganhar mais visibilidade 

Atualmente, a produção animal, especialmente os setores de aves e suínos, possuem tecnologias de ponta nas áreas de genética, ambiência, nutrição, equipamentos, etc. Mas, apesar desse amplo pacote tecnológico, um fator que ainda não ganha a devida atenção no dia a dia dos sistemas de produção é a água como alimento: “Por incrível que pareça, ela não recebe o mesmo nível de cuidado que outras áreas”, inicia o sócio-fundador da Sanex, Marcelo Huber.

Nesse recorte, a preocupação com o tema não deve ser apenas centrada na importância do consumo e qualidade nutricional e sanitária, mas também no comprometimento com a correta distribuição, monitoramento do consumo e preservação dessa água: “São detalhes extremamente importantes na produção”, enfatiza Marcelo.

Sendo assim, conhecer a qualidade da água do ponto de vista de potabilidade, pH e alcalinidade, por exemplo, é um passo importante, pois esses fatores interferem diretamente no consumo de água do animal e na própria capacidade dessa água ajudar ou prejudicar a produtividade. Por este motivo, explica Marcelo, é necessário conhecer o que está sendo oferecido aos animais, por meio de uma análise físico-química em diferentes pontos do sistema de produção.

Além disso, ele destaca, é preciso ter uma estrutura de distribuição adequada nas granjas. Por exemplo, ainda é comum observarmos granjas que não possuem caixas d’água dedicadas a cada categoria animal ou núcleo de produção, esta deficiência impede a monitoria adequada do consumo de água e da utilização de tecnologias via água de bebida. “A água não é só fonte de reidratação e alimento, mas também um importante veículo para distribuição de aditivos nutricionais e sanitários e, portanto, é fundamental ter uma estrutura para oferecer a água de maneira adequada”, enfatiza.

Destacando que além dessa correta distribuição, monitorar o consumo de água é imprescindível. Na prática, para cada categoria animal é recomendado que se tenha um hidrômetro para medir a quantidade utilizada: “Se essa monitoria é realizada de maneira disciplinada e rigorosa, o produtor consegue perceber com antecedência quando um determinado lote terá problemas, pois questões sanitárias, ou algum outro tipo de desafio, afetam o consumo de água dos animais”, reforça Marcelo, e continua: “Alteração no consumo de água é um sinal que acontece antes de aparecer o problema”.

E, portanto, ele frisa, a partir dessa ação os profissionais conseguem intervir mais rápido, fazendo com que as perdas de produtividade e riscos sanitários sejam reduzidos: “Muitas vezes o produtor acaba esquecendo desses detalhes, então é preciso fazer as seguintes perguntas: Qual a qualidade da água que estou oferecendo aos animais? A quantidade consumida está sendo adequada? É possível utilizar tecnologias via água para cada categoria ou núcleo?

Segundo Marcelo, o fato de não darmos atenção especial a água oferecida aos animais – qualidade ou quantidade insuficientes –, impacta diretamente a saúde, produtividade e bem-estar das espécies: “Os animais reduzem o bem-estar, consomem menos ração, reduzem o desempenho zootécnico e tornam-se mais suscetíveis as enfermidades”.

Como mensagem final, Marcelo salienta sobre a importância de uma atenção especial em relação ao tema, pois a partir do momento que há uma melhor organização dessas questões, o produtor consegue utilizar os benefícios da água de uma maneira muito mais tecnológica e sustentável: “A água é uma ferramenta fundamental de aumento da produção animal e, portanto, é preciso utilizá-la como uma estratégia tecnológica para incremento da produtividade”, finaliza.

Fonte: feed&food – Por Valeria Campos

www.revistafeedfood.com.br/pub/curuca/?numero=163&edicao=11471#page/18

 

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