De acordo com a APINCO, em maio passado foram produzidos no Brasil cerca de 541 milhões de pintos de corte, volume que configura aumentos de 2,23% sobre o mês anterior e de, praticamente, 17% sobre maio de 2018.
Esses índices, no entanto, não refletem adequadamente a atual realidade do setor. Por exemplo: os (quase) 17% de aumento em relação a maio do ano passado só estão sendo agora registrados porque um ano atrás, afetada pela greve dos caminhoneiros, a produção de pintos de corte retrocedeu ao menor nível dos últimos 10 anos. Em síntese, o volume ora registrado não representa aumento, pois permanece aquém do alcançado três anos atrás, em maio de 2016, mês em que foram produzidos 542,1 milhões de pintos de corte.
Quanto ao aumento de 2,23% sobre o mês anterior, abril/19, só existe se considerado o valor absoluto da produção. Ou seja: relativamente ao número de dias do mês (maio tem um dia a mais) ocorreu, na verdade, redução de produção – ligeiramente superior a 1%.
Não porque tenha aumentado, mas em decorrência dos baixos resultados de abril e maio do ano passado, o volume acumulado nos primeiros cinco meses de 2019 apontam aumento de 6,42% sobre o mesmo período de 2018 e de, aproximadamente, 1,8% nos últimos 12 meses.
Notar, porém, que esse volume se encontra cerca de 3,5% abaixo do que foi produzido entre janeiro e maio de 2016 (pouco mais de 2,743 bilhões de cabeças) e, no acumulado em 12 meses, pouco mais de 1% aquém do volume registrado entre junho de 2016 e maio de 2017 (perto de 6,286 bilhões de cabeças).
(Abrindo parêntese: na semana passada, baseado na produção média diária de pintos de corte do primeiro trimestre de 2019, o AviSite projetou volume de 525,975 milhões de cabeças para o mês de abril e de 547,014 milhões de cabeças para maio; como se constata, o efetivo de abril foi maior – 529,294 milhões de cabeças – e o de maio menor – 541,082 milhões de cabeças. Mas, no bimestre, os resultados se assemelham: 1,070 bilhão pelo levantamento da APINCO; 1,073 bilhão pela projeção do AviSite – diferença inferior a 0,3%.)
