Abaixo, uma síntese dos problemas enfrentados pelo segmento produtor de pintos de corte com a greve dos caminhoneiros. O levantamento foi efetuado pela entidade do setor, a APINCO, junto a produtores independentes e a empresas integradas de grande, médio e pequeno porte.
A propósito a APINCO lembra que, excetuados os domingos, o setor coloca em incubação, diariamente, perto de 25 milhões de ovos férteis cuja destinação final é a produção de carne de frango. Daí resulta um volume diário de cerca de 20 milhões de pintos de um dia.
Tais números – observa a Associação – dão boa ideia da dimensão dos problemas enfrentados pelo segmento após quatro dias do movimento grevista. Problemas – acrescenta – cumulativos no médio e longo prazos, pois ainda que os problemas enfrentados venham a ser equacionados de imediato, seus efeitos se desdobram, por exemplo, na perda futura de produtividade das reprodutoras em criação ou, mesmo, em lacunas futuras no abastecimento de carne de frango.
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PROBLEMAS ENFRENTADOS PELO SETOR PRODUTOR DE PINTOS DE CORTE |
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– Granjas de matrizes já sem ração ou com estoques que se esgotam no final de semana; em alguns casos, vem sendo feita uma “adaptação nutricional” até que o problema se equacione, mas a produtividade afetada jamais será recuperada. – Empresas que exportam ovos férteis estão com o produto paralisado nos bloqueios. Algumas já perderam os vôos previstos. E o produto (eventualmente, até o cliente). – Incubações paralisadas pela impossibilidade de transferência dos ovos férteis das granjas para os incubatórios; – Frota de entrega de pintos paralisada (veículos que conseguiram efetuar suas entregas por transportarem carga viva, no retorno ficam retidos nas barreiras); – Há, inclusive, retenção de veículos carregados com carga viva (pintos de um dia); alguns motoristas relatam que foram liberados após pagar “pedágio” para, segundo se informa, “ajudar o movimento”; – Como não há recepção de mercadorias ou retorno dos veículos com caixas vazias, incubatórios estão sem material de embalagem, o que os obriga a estocar os pintos que estão nascendo nas próprias gavetas dos nascedouros; – Há incubatórios de grande porte com barreiras nas portas, impedindo a saída e a entrada de caminhões. Entre outras consequências, resíduos da incubação começam a se acumular nos próprios incubatórios, gerando grandes riscos sanitários; – O pior efeito: pintos que agora estão nascendo (incubações foram iniciadas três semanas atrás) correm o risco de serem sacrificados, pois não há como entregá-los nem alimentá-los. E como nem mesmo os resíduos podem ser retirados, aumentam ainda mais os riscos sanitários. |
Fonte: Avisite

