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leite

Fev 08

Cinquenta propriedades das regiões de Cascavel e Toledo aceitaram o desafio de produzir mais leite e reduzir os custos de produção. Para isso, contaram com assistência técnica direta do Instituto Emater e passaram a ser Unidades de Referência, durante a execução da Chamada Pública Leite Oeste, com recursos da Secretaria Especial da Agricultura Familiar. Em três anos a produção dessas propriedades  aumentou, em média, 10,13%, apesar de uma redução de 20% na área de pastagem permanente e silagem.

Leandro Ronzani Bussolo, de Medianeira, foi o produtor que obteve a maior produção, 564 litros/dia e uma produtividade de 19 litros/animal/dia. Para ele, a assistência técnica permanente e a anotação dos dados fizeram a diferença. “Com esse trabalho deu para ver onde estavam os problemas. Essa assistência também trouxe mais conhecimento. Passei a fazer um maior controle forrageiro e melhorei a sanidade do rebanho”, observou.  Uma das práticas que o produtor adotou foi o piqueteamento das pastagens, o que reduziu os custos e aumentou a produção. “Antes eu dava o trato no cocho e com o piquete reduzi as despesas”, destacou Bussolo. O sistema silvi-pastoril foi outra prática adotada pelo produtor. “Fizemos o sombreamento do pasto, mas quero melhorar ainda mais o bem estar dos animais. Por isso vou continuar com a assistência técnica, mesmo com o fim da chamada pública”, concluiu.

Para João Terluk, de Boa Vista da Aparecida, também proprietário de uma UR, uma das grandes mudanças foi o trato com as bezerras. “Antes eu perdia muitos animais com amarelão e outras doenças. Depois desse acompanhamento isso não aconteceu mais. As bezerras se desenvolvem muito bem”, explicou. Terluk informou que passou a fazer o balanceamento da alimentação dos animais e investiu nas pastagens. “Hoje em dia não falta alimento para o gado”, comemorou.

Na quarta-feira, dia 7, os proprietários de URs da região de Cascavel e Toledo participaram de uma solenidade de entrega de certificados de participação, durante o Show Rural Coopavel. O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, afirmou que esse trabalho evidencia a importância do produtor adotar um processo de aprendizagem constante para aperfeiçoar o seu trabalho, conseguindo uma boa rentabilidade. Rubens Niederheitmann, diretor presidente do Instituto Emater,  disse que a entrega dos certificados foi a oportunidade para reconhecer o apoio dos produtores ao trabalho da Extensão Rural. “Com as URs conseguimos ampliar o alcance do serviço da Emater juntos aos produtores”, acrescentou o diretor presidente do Instituto Emater.

As Unidades de Referência assistidas pelos extensionistas do Instituto Emater receberam um atendimento diferenciado e os resultados obtidos nas propriedades foram multiplicados na região. De acordo com Elcio Pavan, coordenador regional  Pecuária de Leite do Instituto Emater, o trabalho levou em conta preocupações ambientais, como a manutenção de áreas de preservação permanente, o destino adequado dos dejetos e a proteção das fontes de água. “Sob o ponto de vista econômico, conseguimos melhorar a oferta de forrageiras e a alimentação suplementar passou a ser feita com ração produzida na propriedade”, destacou Pavan.  Sem esquecer o alcance social da bovinocultura de leite, os extensionistas procuraram melhorar a qualidade do trabalho, diminuir o esforço do produtor e aumentar a margem de lucro da atividade.

Cada UR serve de vitrine para outras vinte propriedades. Por meio de dias de campo, reuniões e visitas, a vizinhança pode ver, na prática, os resultados das novas tecnologias.  Ao todo, 950 famílias tiveram a oportunidade de participar das atividades realizadas nas URs. “Muitos produtores manifestaram o desejo de continuar com esse modelo de assistência técnica, o que mostra o sucesso do trabalho”, concluiu Pavan.

Na opinião de Marcos Pescador, delegado do Secretaria Especial da Agricultura Familiar, nas URs é possível ver os resultados  das novas práticas propostas pela Extensão Rural e ampliar o alcance desse trabalho. “Se não tivesse a Emater, com certeza não teríamos esse nível de produção que vemos nas propriedades orientadas. Elas se tornam um espelho para outros produtores buscarem mais tecnologia”, ressaltou

Fonte: Emater

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