fbpx
powerbov-sanex-melhorador-de-desempenho-03

nov 17

A redução ou estagnação no número de bovinos é uma tendência mundial e já observada no Brasil. Contudo o consumo de carne bovina segue em alta , e ser mais eficiente na produção dessa importante proteína animal garante rentabilidade e sustentabilidade do segmento. A intensificação é uma alternativa que aprimora o desempenho produtivo e a eficiência alimentar. Os Estados Unidos já trabalham nesse caminho, produzindo carcaças com 430 Kg almejando chegar a 680 kg , enquanto a média brasileira em 2024, atingiu 295 kg em machos e 214 kg em fêmeas.

Os consumidores também estão cada vez mais exigentes em relação à qualidade das carcaças. A deposição de gordura e o maior teor de marmoreio, garantem cortes mais macios e saborosos. Além disso, a população está cada vez mais preocupada com a saúde e o bem-estar. Estratégias como a modificação do perfil de ácidos graxos dos produtos oriundos de ruminantes como a carne e o leite têm sido adotadas para obter uma menor proporção de ácidos graxos saturados, os quais geralmente estão associados ao risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

A inclusão de lipídeos na nutrição de bovinos tem passado por inovações e vem sendo bastante discutido nos últimos anos. Em fazendas leiteiras, por exemplo, é possível aumentar a densidade energética das dietas, melhorar a fertilidade e reduzir o estresse térmico quando incluímos fontes de gorduras na alimentação das vacas.

No Brasil cresce a oferta de ingredientes com teores mais ricos em lipídeos, como DDG, caroço de algodão, gérmen de milho gordo, farelo de arroz engordurado entre outros. Os bovinos são excelentes “recicladores”, conseguem transformar resíduos industriais em carne e leite. O uso de gorduras protegidas também tem sido uma excelente alternativa para aumentar a densidade energética na alimentação de bovinos. As dietas ricas em energia oriundas de lipídeos são metabolicamente mais seguras, pois diminuem os riscos de acidose ruminal e reduzem a produção e emissão de metano. Outra vantagem na pecuária de corte é a redução no número de dias em confinamento, já que há melhora na eficiencia alimentar.

LIMITAÇÕES E ALTERNATIVAS

Por questões fisiológicas, existem limitações na inclusão de lipídios, por apresentar toxicidade aos microrganismos ruminais e reduzir a digestão de fibras. E mesmo após chegar ao intestino esse nutriente é pouco absorvido, já que os ruminantes não produzem sais biliares, fosfolipídeos e lipase pancreática de forma eficiente para emulsificar e absorver a gordura, sendo eliminada nas fezes sem aproveitamento.

Uma alternativa é incluir aditivos emulsificantes, que promovem a incorporação de ácidos graxos, aumentando a digestibilidade e absorção de lipídeos, com isso é possível aumentar os níveis de gordura na dieta sem causar danos à fermentação ruminal e perda nas fezes.

PESQUISA

Uma pesquisa realizada no Confinamento do Núcleo de Produção Animal (NUPRAN) no Setor de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade Estadual do Centro-Oeste, no Paraná, com supervisão do Eng. Agr., Dr. Mikael Neumann, que visou avaliar o desempenho animal, consumo de matéria seca, digestibilidade aparente da MS e ultrassonografia de carcaça de novilhos terminados em confinamento, submetidos à uma dieta sem inclusão de volumoso (dieta 100% concentrado) associado ao uso de dois concentrados, sendo um constituído com alimentos energéticos de fonte amilácea (MCDT) e o outro com fonte lipídica com emulsificante (GBAC).

powerbov-sanex-grafico

Na média geral, além de melhor conversão do ganho de peso em carcaça (FIG 1), os resultados de espessura de gordura, marmoreio e área de olho lombo comprovaram mais uma vez os benefícios da utilização de dietas lipídicas com emulsificantes foram superiores a dietas com fontes energéticas amiláceas.

Márcia Skorei
Coordenadora Técnica Nacional Sanex – Ruminantes

Fonte: Feed & Food

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *